Planejando sua viagem? Veja os erros mais comuns e como fugir deles

Planejando sua viagem? Veja os erros mais comuns e como fugir deles

Já imaginou chegar ao aeroporto e descobrir que seu voo foi cancelado — e você esqueceu de checar as atualizações? Ou reservar um hotel lindo em fotos, só para perceber que fica a 40 minutos do centro da cidade? Planejar uma viagem pode ser uma das experiências mais empolgantes da vida, mas também uma das mais cheias de armadilhas.

Muitas pessoas acreditam que basta escolher um destino, comprar passagens e pronto — o resto “se resolve no caminho”. Porém, a falta de planejamento ou decisões apressadas pode transformar o sonho de férias perfeitas em um pesadelo de imprevistos, gastos extras e frustrações.

Neste artigo, vamos revelar os erros mais comuns cometidos por viajantes, desde os iniciantes até os mais experientes, e, o mais importante, como evitá-los. Você vai aprender a organizar sua viagem com mais inteligência, economizar tempo e dinheiro, e garantir que cada momento seja aproveitado ao máximo — sem surpresas desagradáveis.

Prepare-se para transformar seu próximo roteiro em uma experiência memorável, segura e livre de arrependimentos!


1. Não pesquisar o destino com antecedência

Um dos maiores equívocos de quem viaja é achar que “dar um jeitinho” resolve tudo. Infelizmente, isso nem sempre funciona — especialmente em países com culturas, idiomas ou regras muito diferentes das nossas.

Imagine chegar a Tóquio sem saber que a maioria dos restaurantes não aceita cartão, ou ir a Istambul durante o Ramadã sem entender que muitos estabelecimentos fecham durante o dia. Situações assim não só geram transtornos, como podem ofender costumes locais.

Pesquisar o destino vai além de ver fotos bonitas no Instagram. É entender o clima da época, a moeda local, os costumes, os horários de funcionamento de atrações, a segurança do bairro onde você vai se hospedar e até a forma de se locomover.

Dica prática: Crie uma “pasta de viagem” digital (ou física!) com informações essenciais:

  • Documentos necessários (vistos, vacinas)
  • Mapas offline do Google Maps
  • Números de emergência locais
  • Lista de expressões básicas em outro idioma

Esse pequeno esforço inicial poupa horas de estresse depois. E lembre-se: conhecer o lugar que você vai visitar é parte fundamental da viagem — e do respeito ao local e às pessoas que vivem lá.


2. Deixar tudo para a última hora

Deixar tudo para a última hora

Comprar passagens na véspera, reservar hotel no dia da viagem, decidir o roteiro no avião… Parece emocionante, mas na prática, isso quase sempre sai mais caro e limita suas opções.

Segundo dados da Associação Brasileira das Agências de Viagens (ABAV), viajantes que planejam com pelo menos 60 dias de antecedência economizam, em média, 25% nos custos totais da viagem. Isso porque as tarifas aéreas e diárias de hotéis costumam subir conforme a data se aproxima — especialmente em alta temporada.

Além disso, deixar tudo para a última hora pode fazer você perder experiências únicas. Quer visitar o Museu do Louvre em Paris? Os ingressos para horários populares esgotam semanas antes. Sonha em fazer um tour de barco pelas ilhas gregas? Muitas operadoras exigem reserva com antecedência.

Solução simples: Assim que decidir viajar, defina:

  • Data aproximada da viagem
  • Orçamento máximo
  • Lista de “experiências imperdíveis” no destino

Com isso em mãos, comece a monitorar preços de passagens (use alertas de preço em sites como Google Flights ou Skyscanner) e reserve acomodações com boas políticas de cancelamento. Assim, você garante flexibilidade sem pagar mais por isso.


3. Ignorar o seguro viagem

Muitos viajantes ainda veem o seguro viagem como um “gasto desnecessário” — até que algo dá errado. Uma infecção intestinal em Bali, uma torção de tornozelo em Lisboa ou até um voo cancelado por greve podem virar um verdadeiro desastre financeiro sem cobertura adequada.

Na Europa, por exemplo, o seguro viagem é obrigatório para entrada em países do Espaço Schengen, com cobertura mínima de €30 mil. Mas mesmo em destinos onde não é exigido, vale cada centavo.

Um estudo da Proteste (2023) mostrou que 72% dos brasileiros que tiveram problemas médicos no exterior gastaram mais de R$ 5 mil por não terem seguro. Enquanto isso, um bom plano custa, em média, entre R$ 15 e R$ 30 por dia — e cobre desde consultas até repatriação.

Dica essencial:

  • Escolha um seguro que cubra despesas médicas, odontológicas, extravio de bagagem e cancelamento de viagem.
  • Verifique se inclui assistência 24h em português.
  • Leia atentamente as exceções (ex.: esportes radicais, doenças pré-existentes).

Lembre-se: viajar é sobre liberdade — mas também sobre responsabilidade. Um bom seguro te dá tranquilidade para curtir cada momento sem olhar para trás.


4. Superlotar o roteiro

Você já ouviu aquela frase: “Quero ver tudo em 5 dias!”? Pois é — e é justamente aí que mora o perigo. Tentar encaixar dezenas de atrações em poucos dias não só deixa você exausto, como impede que você realmente vivencie o destino.

Viajar não é uma competição. Não se trata de quantos pontos turísticos você marcou no mapa, mas de quantas memórias significativas você criou.

Um roteiro superlotado gera:

  • Correria constante
  • Estresse com horários
  • Pouco tempo para descanso ou imprevistos
  • Sensação de que “não aproveitou nada direito”

Solução inteligente: Use a regra dos “3 por dia”. Escolha no máximo três atividades principais por dia — e deixe espaço para caminhar sem rumo, tomar um café local, conversar com moradores ou simplesmente observar a paisagem.

Por exemplo, em Roma, em vez de tentar ver o Coliseu, o Vaticano, a Fontana di Trevi, o Panteão e o Fórum Romano em um único dia, divida em dois: um para o Vaticano e redondezas, outro para o centro histórico. Assim, você saboreia cada detalhe — e ainda descobre aquela sorveteria escondida que não está no guia.


5. Não considerar o orçamento real da viagem

Não considerar o orçamento real da viagem

Muita gente planeja a viagem com base só no custo das passagens e do hotel, esquecendo os gastos diários: alimentação, transporte local, ingressos, gorjetas, souvenirs e até taxas de turismo. O resultado? Surpresas desagradáveis no meio da viagem.

Um levantamento do Banco Central (2024) apontou que 63% dos brasileiros ultrapassaram o orçamento previsto em viagens internacionais, principalmente por subestimar custos com alimentação e mobilidade.

Como evitar isso? Faça um orçamento completo, incluindo:

  • Passagens (ida e volta)
  • Acomodação
  • Alimentação (média diária por refeição)
  • Transporte (táxi, metrô, aluguel de carro)
  • Atrações e tours
  • Seguro viagem
  • Fundo de emergência (10-15% do total)

Use apps como Trail Wallet ou Trabee Pocket para acompanhar seus gastos em tempo real. E, se possível, troque um pouco de dinheiro local antes de viajar — evita taxas abusivas no aeroporto ou problemas com cartões bloqueados.


6. Esquecer de checar a validade do passaporte e requisitos de entrada

Parece óbvio, mas milhares de viajantes são impedidos de embarcar todos os anos por um detalhe simples: o passaporte vencido ou com validade insuficiente.

Muitos países exigem que o documento tenha pelo menos 6 meses de validade restante a partir da data de entrada. Outros pedem páginas em branco para carimbos. E alguns, como os EUA, exigem autorização eletrônica (ESTA) mesmo para brasileiros em trânsito.

Além disso, com a pandemia, muitos destinos adotaram novos requisitos — como formulários de saúde online ou comprovante de vacinação. Mesmo que essas regras tenham sido flexibilizadas, elas podem voltar a qualquer momento.

O que fazer?

  • Verifique a validade do seu passaporte com pelo menos 3 meses de antecedência.
  • Acesse o site do Ministérito das Relações Exteriores (Itamaraty) ou da embaixada do país de destino para conferir requisitos atualizados.
  • Imprima ou salve no celular todos os documentos necessários (vistos, autorizações, comprovantes).

Um minuto de atenção aqui pode evitar horas de dor de cabeça — ou até o cancelamento da viagem.


Conclusão

Viajar é uma das maiores fontes de crescimento pessoal, aprendizado e alegria que existem. Mas, como qualquer grande aventura, exige preparo. Evitar erros comuns — como não pesquisar o destino, deixar tudo para a última hora, ignorar o seguro viagem ou superlotar o roteiro — não é sinal de rigidez, mas de respeito por si mesmo e pela experiência que você está prestes a viver.

Ao planejar com carinho e atenção, você transforma sua viagem em algo muito mais do que um simples deslocamento: torna-se uma jornada autêntica, tranquila e repleta de momentos inesquecíveis.

Então, da próxima vez que sonhar com praias distantes, cidades históricas ou montanhas encantadoras, lembre-se: o segredo não está apenas em ir, mas em ir bem preparado.

E você? Já cometeu algum desses erros em viagens passadas? O que aprendeu com a experiência? Compartilhe nos comentários! Sua história pode ajudar outros viajantes a planejarem melhor a próxima aventura.

Boa viagem — e que ela seja tão leve no bolso quanto rica em significado! 🌍✈️

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